O Comprometimento Cognitivo Leve (CCL) é uma condição comum em idosos, caracterizada por alterações sutis na função cognitiva que não interferem significativamente nas atividades diárias. Geralmente, o CCL é mais comumente diagnosticado em pessoas com idade acima dos 65 anos, uma vez que o envelhecimento é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento dessa condição. No entanto, é importante ressaltar que nem todos os idosos apresentarão CCL e que a presença dessas alterações cognitivas pode variar amplamente de pessoa para pessoa.
Além disso, é necessário levar em consideração que o CCL é um espectro e pode progredir para um estágio mais avançado, como a demência, em alguns indivíduos. Estudos têm sugerido que o risco de desenvolver CCL aumenta com a idade e está associado a outros fatores, como histórico familiar de demência, presença de doenças crônicas e estilo de vida pouco saudável.
Essa condição pode ser um estágio inicial de demência e muitos idosos buscam opções de tratamento para melhorar sua função cognitiva e retardar o declínio cognitivo. Nesse sentido, o neurofeedback tem surgido como uma abordagem promissora.
O neurofeedback é uma técnica terapêutica que utiliza dispositivos de monitoramento cerebral para fornecer feedback em tempo real sobre as ondas cerebrais do paciente. Isso permite que os indivíduos aprendam a regular sua atividade cerebral e melhorem sua função cognitiva. Várias pesquisas têm investigado a eficácia do neurofeedback no CCL em idosos.
Um estudo conduzido por Clare et al. (2019) examinou os efeitos do neurofeedback em idosos com CCL e observou melhorias significativas na memória de trabalho e na atenção sustentada após o tratamento. Além disso, um estudo de Zhang et al. (2018) relatou melhorias na cognição global, memória e função executiva em idosos com CCL submetidos ao neurofeedback.
As vantagens do tratamento com neurofeedback no CCL são diversas. Essa abordagem terapêutica é não invasiva e não envolve o uso de medicamentos, o que é uma vantagem para os idosos, que muitas vezes enfrentam dificuldades com a polifarmácia. Além disso, o neurofeedback permite uma abordagem individualizada, adaptando-se às necessidades específicas de cada paciente, o que pode levar a resultados mais eficazes.
As expectativas em relação ao tratamento com neurofeedback no CCL são encorajadoras. Espera-se que essa abordagem possa melhorar a função cognitiva, a memória, a atenção e outras funções cognitivas em idosos, promovendo uma maior independência e qualidade de vida. Além disso, o neurofeedback pode ter efeitos duradouros, ajudando a retardar o progresso do declínio cognitivo.
Aqui estão algumas referências de estudos sobre o tratamento com neurofeedback no CCL em idosos: